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Regulação do consumo de suplemento e de pasto em gado de corte: como entender os fatores envolvidos?

10/04/2023

Quando realizamos a suplementação proteico e proteico-energética aos rebanhos de gado de corte, por vezes é possível que haja preocupação sobre o tema da substituição do consumo de pasto pelo consumo de suplemento.

Isto se torna indesejável, porque o pasto é o alimento mais barato que temos no sistema pecuário, e o consumo de suplemento acima do planejado poderá prejudicar a lucratividade de sua fazenda. Como resultado negativo, a substituição do pasto pelo suplemento irá limitar o uso da pastagem ao máximo pelo animal.

Para entender esta questão, é importante revisar alguns pontos da nutrição e fisiologia da digestão em bovinos, e entender o que vai “mandar no consumo”.

Acompanhe o artigo e entenda melhor, confira!

O que “manda no consumo” na nutrição de gado de corte?

Em primeiro lugar, é importante entender que a suplementação nunca resultará em um processo totalmente aditivo de consumo. Ou seja, quando o suplemento proteico ou proteico-energético é fornecido ao animal em pastejo, parte do consumo do pasto sempre é substituído pelo consumo do suplemento.

A este efeito, damos o nome de “taxa de substituição”. A taxa de substituição é a quantidade de alimento da dieta básica que deixa de ser consumida por unidade de suplemento adicionado que o animal ingere.

Como principais fatores que afetam a taxa de substituição, temos: a quantidade e a qualidade do alimento da dieta básica e do suplemento que é adicionado à dieta.

Desta maneira, podemos ressaltar que o grau de substituição é maior quando a forragem fornecida é de baixa qualidade, em relação a uma forragem de alta qualidade. Isso nos leva a uma grande regra: quem manda no consumo é a folha.

Em pastos verdes, na época de chuvas, temos uma menor taxa de substituição do que observamos quando o pasto disponível é de pior qualidade, por exemplo, no período de secas.

Outro ponto é que quanto maior a quantidade da suplementação fornecida, menor será o consumo de forragem. Isto se dá porque a suplementação modifica o ambiente ruminal, aumentando a acidez e reduzindo bactérias que atuam na digestão da fibra do pasto. Como efeito, há aumento do enchimento ruminal e redução do consumo do pasto.

Mas o que observamos, em geral, é que o aumento no consumo de suplemento sempre é maior do que a redução do consumo da forragem, gerando ganhos no consumo total de alimentos. Desta maneira, a prática de suplementação é muito vantajosa e gera benefícios importantes para sua propriedade.

Saiba os principais efeitos do suplemento para o animal em pastejo

O primeiro efeito que pode ocorrer ao inserir o suplemento para o animal em pastejo é efeito aditivo sobre o consumo da pastagem. Em níveis baixos de suplementação, o consumo de pasto não varia ou apresenta uma variação muito baixa, o que indica que o consumo dos dois alimentos se soma um ao outro. Nesta situação, o suplemento não interfere no ambiente ruminal e na dinâmica de degradação das pastagens.

Outra possibilidade é um efeito aditivo do suplemento sobre a produção. Há um nível ideal de suplementação em que o consumo de pasto não é fortemente afetado e o animal ganha melhor nutrição. Consequentemente, há melhor produção e aumento na taxa de ganho de peso do animal.

Também pode ser observado um efeito substitutivo do suplemento sobre o consumo de pasto, mas sem alteração nos ganhos do animal. Níveis muito elevados de suplementação, podem ocasionar em redução no consumo de pastagem por conta da redução da digestibilidade dela e pela substituição física no rúmen do animal, propiciada pelo suplemento.

Como não há maior ganho de peso pelo animal, e pelo baixo custo da pastagem em relação ao suplemento, não há vantagens nesta prática. Porém, como benefícios, pode-se ressaltar aumento da capacidade de suporte das pastagens, em vista da redução do consumo do pasto, o que eleva a produtividade por área.

A última situação possível é o efeito substitutivo do suplemento sobre o consumo de pasto, com menores ganhos de peso por animal. Neste caso, a substituição chega a um extremo em que a nutrição animal se torna desbalanceada, por falta de proteína ou demais nutrientes. Esta situação deve ser evitada, pois ocasionará um claro prejuízo e falta de produtiva.

Como ajustar?

Para escolher o suplemento e nível de suplementação, de acordo com a sazonalidade de seu pasto, trabalhe com os produtos certos e técnicos capacitados.

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