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Nutrição de equinos ajuda no rendimento para a lida com o gado

15/07/2024

A nutrição dos equinos, usados no dia a dia das fazendas, é importante para que haja um melhor rendimento na lida com o gado, por isso, a escolha de bons nutrientes e os cuidados na alimentação não podem ser deixados de lado.

O zootecnista e consultor técnico da Connan, Lucas Barbosa Kondratovich, explica que, diferentemente dos bovinos, os equinos têm um estômago relativamente bem pequeno, e são classificados como herbívoros não ruminantes, ou seja, o alimento não é regurgitado e mastigado novamente. “Por conta disso, eles não conseguem aproveitar os alimentos, principalmente a fibra, de maneira tão intensa como o gado. Como só possuem uma saída para as fezes e gases, eles apresentam um problema bastante comum: a cólica. Isso ocorre porque o cavalo tem dificuldade de expelir produtos de fermentação”, explica.

Uma vantagem da anatomia desses animais é a ausência de vesícula biliar, o que provoca uma liberação constante da bile, responsável pela degradação e utilização de gorduras e de lipídios. “Com essa liberação constante, o equino consegue utilizar gordura de maneira muito eficiente, com uma degradação acima de 90%. Assim, a gordura acaba não sendo restritiva nas dietas de equinos, que a usam como fonte de energia”, enfatiza o zootecnista.

Um importante ponto a ser observado na dieta é a qualidade dos nutrientes. As fibras, por exemplo, precisam ser de alta qualidade para ter maior absorção antes de sofrer a fermentação. Se não forem de boa qualidade, não são utilizadas de forma correta e, quando caírem na fermentação, apresentarão poucos nutrientes.

“Uma coisa interessante é que os equinos costumam comer em poucas quantidades, porém, várias vezes ao dia. Eles passam de 12 a 18 horas se alimentando, sempre em pequenas quantidades, mas basicamente o dia inteiro, inclusive de madrugada. Isso ocorre porque os cavalos, como já dito, têm pouca capacidade no estômago”, pontua o zootecnista.

O principal alimento desses animais é a forragem, fonte de fibra importantíssima para a manutenção do pH no estômago, mas principalmente no intestino grosso, além da produção de saliva.

Segundo Kondratovich, primeiro os cavalos devem se alimentar de forragem, depois de grãos e ração, pois, se o animal estiver com o estômago vazio e comer grãos e rações primeiro, esses alimentos vão passar muito rápido pelo estômago e fermentar, ou seja, não serão absorvidos de forma adequada, seguindo direto para o intestino grosso.

Com esse quadro, haverá uma fermentação não desejável, o que levará a riscos de acidose e principalmente de cólica. “Por isso, quando fornecer grãos e rações para equinos, é preciso que antes eles tenham se alimentado de forragem para os grãos pararem ali. Não é recomendada a mistura de forragem e grãos, um deve ser consumido antes que o outro”.

Grãos são uma ótima fonte de carboidratos não fibrosos para equinos, além de serem uma importante origem de energia, principalmente para aqueles usados em atividades intensas, como competições esportivas. “Um cavalo consome 1% do seu peso vivo em grãos, mas de maneira dosada, dividida em dois, preferencialmente em três fornecimentos ao dia”, ressalta o profissional.

A ração é usada principalmente para complementar a forragem de baixa qualidade. Nesse caso, deve-se fornecer uma ração que tenha boas fontes de proteínas, minerais e vitaminas para atingir a demanda necessária do equino. Os suplementos são um complemento, principalmente para forragens de baixa qualidade. “É importante ressaltar que um suplemento de bovino jamais deve ser dado a um cavalo, porque os requerimentos nutricionais de um animal são diferentes do outro”, alerta o zootecnista.

No caso dos suplementos minerais, eles devem conter no mínimo 6% a 8% do fósforo total da necessidade da demanda de um equino. A relação de cálcio e fósforo tem que ser entre 1 para 1, no máximo 3 para 1. Isso é uma particularidade dos equinos. Em relação a microminerais, os suplementos devem fornecer pelo menos 50% das exigências de microminerais para equinos. Em regiões com deficiência de microminerais na pastagem, o suplemento deve fornecer até 100% dos microelementos.

“Seguindo esses protocolos nutricionais, o animal adulto terá uma dieta balanceada, com fornecimento de energia, proteína, fibra, vitamina e minerais em quantidades adequadas. Em equinos adultos, uma forragem de boa qualidade e um bom suplemento mineral já são suficientes para manutenção. Para equinos em trabalhos, principalmente mais intensos, é desejável também o fornecimento de alimentos concentrados”, finaliza Kondratovich.

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